Onde Vive Você - Life By Lufe

As conexões que fazemos durante a nossa vida são muito importantes para a nossa formação como pessoa. E muitas vezes demoramos para nos dar conta disso.

Ontem assisti uma palestra do fotografo Lufe Gomes, que conheci através do arquiteto Maurício Arruda. E apesar de ouvir falar muito sobre ele, não tinha parado ainda para escutá-lo. Dificilmente eu compro revistas de decoração - Casa Claudia, Casa e Jardim, entre outras - e por isso não conhecia as fotos famosas feitas por ele.

Muitas palestras acontecendo, as vagas são limitadas e as inscrições gratuitas, 
entrem no site do Senac Tito. Vai ter Patrícia da Doma Arquitetura, que também amo.

Um dia o youtube me indicou um vídeo em que o Lufe mostrava sua casa para o Maurício, e eu assisti. Ou melhor, devorei! Que vídeo gostoso de ver, que pessoa maravilhosa se apresentava para mim naquele momento. E então entendi que ele era tudo aquilo mesmo que eu havia ouvido falar.

Pensa numa pessoa positiva, que tenta tirar o melhor das pessoas e das situações, sim, é ele! Comecei a assistir aos vídeos, mas melhor que isso é acompanhar as conversas diárias no #cafécomlufe, que acontecem no instagram. São assuntos que muitas vezes mexem com o nosso íntimo, com a nossa zona de conforto, mas tratados de maneira leve.

   
A sala estava lotada! Tinha gente sentada no chão e a energia foi incrível!

A forma como ele fotografa a casa - ou melhor - a pessoa que vive naquela casa, é muito diferente. Tem algo além de simples fotos de revista. Sou arquiteta e sei que existe produção de foto. Ou seja, levamos peças de decoração, tapetes, luminárias, almofadas para compor os ambientes, e assim vender produtos nas revistas. Mas a forma como ele trata a casa é diferente. As casas tem vida, tem a cara do dono, e isso só você pode dar a sua própria casa.


Alguns pontos tratados na palestra. 
O Lufe conduz muito bem e nem vimos a hora passar.

Chinelos ao lado da cama, sujos de dedo...roupas sobre a cama, toalhas penduradas no box, shampoo deixado com a tampa aberta sobre a janela...São coisas simples, do nosso cotidiano, mas que as revistas não mostram. Uma casa de verdade, em que vive você, tem tudo isso e muito mais.

E sabe o que mais gosto? É poder ver isso de maneira tão livre nas fotos e nos vídeos dele. As pessoas são elas mesmas, e ninguém está organizando nada para sair bonito na foto! Pensem em quanto ensinamento tem nessa história toda.

  
Que momento incrível! Já tinha o livro e estava louca por um autógrafo! 
Vcs sabem que sou a louca do livro autografado.

  
Foi tão boa essa troca de energia que demorei para desconectar e conseguir dormir. 

Quando eu era criança/adolescente, não queria nenhuma amiga da escola dentro da minha casa. Eu tinha vergonha! Minha casa nunca foi uma casa convencional! Não entramos pela sala ou pela cozinha, mas sim num grande corredor que distribui para outros cômodos. Todas as paredes são revestidas de azulejos azuis, o piso também é azul. E são estampados, como os portugueses. Além da aparência, morávamos em seis pessoas - durante um período, sete com a minha avó, ou seja, para uma criança, aquilo era ser fora do padrão.

Depois eu aceitei. Trouxe muita gente para cá. Passei a aceitar meu modo de viver e as histórias que minha casa conta. Nela vivi toda a minha vida com o meu pai - falecido em 2012 - tenho muitas lembranças dele aqui.

Imagina como acompanhar essa mudança atualmente tem feito bem para mim, e mudado minha forma de enxergar a casa das pessoas. Por isso que foi tão importante esse encontro ontem com ele. Agradeço ao Senac Tito pela oportunidade e pelo evento gratuito, aberto a comunidade e só por isso pude desfrutar de uma energia única e maravilhosa!

Como diria o Lufe: Sigamos juntos!





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