Casa Cor SP - 2025

 
Arquitetura belíssima do parque, que precisa ser preservada, muitos prédios estão literalmente caindo aos pedaços.

Casa Cor 2025 no Parque da Água Branca inaugurou essa semana, e trouxe à tona a questão da preservação ambiental. 

Os frequentadores do parque não gostaram nem um pouco de receber um evento dessas proporções. Muito tem sido discutido, e acho importante termos consciência dos problemas que envolvem a ocupação temporária do espaço público. Mas a sensação maravilhosa de ver as janelas abertas, a natureza externa invadindo os ambientes, o sol, o vento, o silêncio do parque... nossa, fez toda a diferença. 

Paisagismo todo novo, feito para o evento, e após o término, serão retirados, como acontece em todo os outros edifícios.


O dia estava lindo, frio e céu azul. As cortinas balançando, os raios solares, o verde das árvores, a água, tudo contribuiu para que eu tivesse a sensação de estar numa casa, e não numa mostra de arquitetura. 

Desta vez fui acompanhada da minha prima, foi muito bom ter companhia.

Visito a Casa Cor há muitos anos, desde a época em que acontecia no Jóquei Clube, até os últimos anos, pós pandemia, no Conjunto Nacional. Com certeza essa edição, dentro do parque, foi a qual me sentir melhor. 

Cores quentes e terrosas ainda vemos muito nos ambientes.

Achei lindo esse lustre com esses círculos verdes translúcidos, e esse aparador todo geométrico, fugindo do tradicional.

Nem todos os ambientes fizeram essa integração, cada um com a sua proposta, mas o que soube trazer o entorno pra dentro, fez a diferença. Impossível não se encantar com os janelões gigantes, com a arquitetura da época. Apesar de bem deteriorados, os edifícios mantém sua beleza.

Estantes são sempre bem vindas, é uma ótima oportunidade para treinar o olhar e organizar a sua. Atente para a mesa lateral colorida, ela dá um ponto de cor no ambiente que tem a mesma tonalidade.

Verde e rosa nunca tem erro. Pintura a mão nas paredes, também uma alternativa para fazer em casa sem gastar muito.

Paredes trabalhadas, com texturas, quadros, objetos decorativos.

Sofá estampado faz tempo que não via. Adorei as bandejas antigas com castiçais. Texturas, nas paredes, cortinas, cama, tapetes. 

Ambientes bem diferentes: um mais aconchegante, cores terrosas, luz amarela. no outro, branco, sem adornos, e uma cadeira preta convida o olhar.

Ambientes com mix de estampas, cores e texturas, o maximalismo está de volta. Paredes com listras, cortinas e tapetes coloridos, sofás estampados, mármores bem marcados, podemos observar nos mais de 60 ambientes. Artesanato brasileiro em alta. Bordado, tapeçaria, crochê, tricô, palhinha, vime e madeira.


A área externa é um charme a parte. O ponto forte, segundo os profissionais, é a iluminação noturna, o fogo de chão nesses dias mais frios. Quem puder estender a visita até o anoitecer, tenho certeza que irá se encantar com o paisagismo iluminado se fundindo com a vegetação nativa do parque.




Mistura de estampas, materiais, cores, quadros, luminárias, tem tudo para treinar o olhar.


Cores neutras com um tapete um pouco mais colorido. Fica um charme.

A vegetação de fora "entrando nos ambientes, realmente foi o ponto forte dessa mostra.

Achei muito charmoso esse quarto integrado com o banheiro, na prática, para mim não funciona, mas a gente aproveita as ideias e usa na nossa realidade.

Prateleiras iluminadas sobre a bancada é uma boa opção. Ajuda muito a iluminar enquanto prepara as refeições.

Acima muitas cores, formas orgânicas, abaixo branco liso, reto.


Cama com detalhe em madeira, achei lindo, não sei se é prático. O espelho fixado na porta do armário está muito charmoso. 


Ambientes neutros, com poltrona revestida de crochê, muita madeira, objetos em madeira, tudo bem claro e harmonioso.

Não faz meu estilo, mas a mostra tem para todos os gostos. Vermelho com roxo, precisa ter personalidade. O banheiro listrado é bem bonito. Listras estão em alta.

Composição de quadros e objetos, para se inspirar.

Azulejos antigos tem seu charme, basta compor com peças mais contemporâneas.

Adorei a composição de azulejos no banheiro. O tapete do quarto segue a mesma paginação do piso, ficou lindo.

Parece uma casa de verdade e não uma mostra de decoração. As janelas fizeram toda a diferença. Foto grande para prestar atenção aos detalhes, almofada de zebra, combinando com cinzeiro de zebra e pé da mesa de zebra também.

Bancada de cozinha pode ser muito charmosa, com quadros e objetos bonitos e funcionais. Louceiro que é um sonho.


Ambientes bem românticos e delicados. A pintura a mão traz sofisticação, exclusividade. 


Vermelho, azul, amarelo, madeira: mistura que dá certo. Banquinho de sapo me conquistou.

Casa Coral por Maurício Arruda e Maibe, que tem um trabalho incrível com plantas. Ela cria tintas a partir delas. Em 2019 tive o prazer de fazer um curso com ela e entender mais sobre as cores que podemos extrair da natureza.

Para a Casa Cor, foi feito um levantamento da vegetação do Parque da Água Branca, encontraram 20 plantas tintoriais. Destas 20, chegaram a 60 cores e por fim, definiram uma paleta de 10 cores que foram usadas no projeto.








 
Ficou lindo, uma casa bem colorida, cheia de vida e de artesanato brasileiro. A escolha das cores a partir da vegetação do parque foi o diferencial.




Estantes para quem tem livros e objetos. Cadeiras, banquinhos com cara de antigo trazem personalidade. Vale garimpar na família ou nas lojas, sempre tem peças interessantes.

Crochê trazendo o aconchego esse ambiente. Se você tem habilidade, não deixe de ter peças feitas a mão na sua casa.


Quarto de criança muito lúdico, sem personagens, fica mais atemporal e eles usam por mais tempo. Cuidado com as camas que são difíceis de trocar conforme a criança cresce, é um custo a mais.



Estantes e quadros.


Sofá diferente e muito charmoso, todo o ambiente está harmônico, tem um projeto por traz, um pensamento, nada foi colocado à toa. Preste atenção nisso.

Composição de quadros, janelas enormes e a luz do sol entrando.

 

Área externa sendo protagonista da mostra.

 
Detalhes interessantes para pendurar o chinelo e a plaina para a toalha, gostei do novo uso.

 
Dos meus ambientes favoritos, Cores leves, mas com personalidade. O tapete colorido, combinando com a mesa de azulejos, os objetos de crochê, a cabeceira bordada com as almofadas.




 
Ambiente mais austero, pedra com veios bem marcados, poucas cores, luz difusa. E madeira para dar um equilíbrio.

Tentei compartilhar um pouco de tudo que vi, nem tudo eu gosto, mas é preciso treinar o olhar para saber o que se gosta, e só conseguimos isso vendo de tudo.

A mostra vai até 03 de agosto, e para mais informações, acesse o link.

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