Picasso, Miró e Hermès

Aqui em São Paulo sempre temos várias exposições em cartaz. Mas atualmente tá difícil não pegar fila. A situação é tão ruim que nem na Europa eu passei tanto tempo em filas como aqui!

Sexta passada, emenda de feriado tentei visitar a exposição do Picasso e a Modernidade Espanhola, que está no Centro Cultural Banco do Brasil. Impossível! A fila era gigantesca, dava voltas no quarteirão e nem mesmo a fila preferencial era menor. Pelo menos umas 3 horas de espera. Não, não mesmo! Pena que encerra hoje, desta vez ficarei sem ver.

Saímos de lá e fomos ao Instituto Tomie Ohtake ver o Miró, e desta vez sim, conseguimos! Fila tranquila, de alguns minutos. Pelo menos o dia não foi perdido.


Mas o melhor evento da semana foi o Festival des Métiers, na FAAP. Que exposição incrível! Só consigo pensar nela o tempo inteiro. Eu que adoro trabalhos manuais, imagina estar frente a frente com os artesãos da Hermès, marca francesa de muito prestígio. Então, foi isso que aconteceu!

Essa exposição faz parte da divulgação da trabalho artesanal, oferecendo uma oportunidade única de conhecer bem de perto fases de execução desde o início a finalização das peças.

Cheguei e já tinha começado a estamparia. Mas consegui acompanhar a partir da terceira cor, e como fica perfeito! Que lindo! Imaginar que uma echarpe exposta na loja, foi estampada através do processo de  serigrafia, manualmente. Onde todas as cores são fabricadas por eles, fiquei babando! A cada cor revelada, meu encantamento só crescia.

 

Depois fui observar o artesão das bolsas. Ah, minha outra paixão! Para fazer uma leva 18 horas, pois é, estou valorizando cada centavo que elas custam! É tanto capricho, tanta delicadeza e cuidado com as peças, não tem como não amar a marca!



Em tempos de globalização e da China terceirizando a mão de obra, nada melhor que observar uma marca familiar que há 6 gerações mantém fiel a qualidade de seus produtos! Viva a França!

Além destes, muitos outros artesãos dividiam conosco suas habilidades, sendo pintando cerâmica, fazendo gravatas, relógios, pulseiras cravejadas de pedras preciosas e até uma sela de cavalo. Aliás onde tudo começou, na paixão por cavalos. Não consegui acompanhá-los, aliás é preciso comparecer todos os dias para tal.





Aproveitei que alguns tinham saído para o almoço para fotografar o espaço, este era do artesão que faz gravatas.



Pena que foram apenas 9 dias. Voltaria com certeza!

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